Duna é grandioso, belo e promessa de nova franquia cinematográfica

Inspirado na obra de Frank Herbert e que já foi base para tantas outras histórias, Duna finalmente chegou aos cinemas brasileiros. Com um orçamento que custou em torno de US$165, o filme dirigido por Denis Villeneuve (A Chegada), traz uma história de herói com grandiosidade técnica e precisa. 

Inspirado na obra de Frank Herbert e que já foi base para tantas outras histórias, Duna finalmente chegou aos cinemas brasileiros. Com um orçamento que custou em torno de US$165, o filme dirigido por Denis Villeneuve (A Chegada), traz uma história de herói com grandiosidade técnica e precisa. 

O roteiro é adaptado também por Villeneuve, Jon Spaihts e Eric Roth. Sendo esse último, Eric Roth, responsável por roteirizar outros sucessos como ‘Nasce uma estrela’ (2018) e ‘O curioso caso de Benjamin Button’ (2009). À primeira vista, o roteiro não traz nada de novo no modo de apresentar o protagonista. Sua resignação com o futuro predestinado e outras características é comum ao arquétipo do herói. Apesar disso, não ficamos com a sensação de ‘hmm, eu já vi esse filme’, sabe?

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Cinematograficamente falando

O filme se coloca de maneira bem assertiva, bonita e deixa claro que não veio à toa. Em todos os setores técnicos há nomes oscarizados e de grande sucesso, ratificando o que já havíamos previsto: Duna nasceu para ser grande. E é! A  fotografia intercala closes e planos mais abertos, focando na troca entre aproximar o espectador dos personagens, e assim humanizá-los, e, ao mesmo tempo, apresentar o universo de Duna com todos os seus aspectos e riqueza de detalhes. E aí, ao falar de riqueza é necessário pontuar o design de produção: que trabalho maravilhoso!

O figurino e a maquiagem consegue claramente separar a representação de cada casa através da composição visual. Fazendo com que o deserto seja um palco para diferentes origens, cada uma com sua beleza e particularidades. Não há muitos exageros (talvez apenas em uma das casas haja um pouco de personagens mais caricatos). É possível observar, que em alguns momentos a ambientação beira o monótono e o sombrio, mas ainda assim isso parece ter sido uma escolha consciente da produção.

Um filme de Cinema

Hanns Zimmer brilha mais uma vez na composição sonora, que emerge na narrativa com força total, sendo crucial para nos envolver e nos tensionar ainda mais. A cada conflito, o som parece dizer ‘estou aqui’. Um ponto que vale destacar é a familiaridade com a composição de som de ‘A Chegada’, que também foi dirigido por Villeneuve. O que nos dá a sensação de aceno do diretor para o público que o acompanha. É um filme que merece ser visto no cinema.

Em resumo, é possível dizer que Duna veio com toda força reivindicar seu lugar de nova saga de sucesso. Há, claramente, uma expectativa dos estúdios de que o filme repita o êxito da trilogia ‘O senhor dos anéis’ e da franquia ‘Star Wars’. O que, levando em consideração as possibilidades de explorar ainda mais o roteiro nas próximas produções é um caminho muito possível. Ou seja, podemos dizer que o filme faz jus ao seu orçamento e ainda nos presenteia com uma nova franquia para amar. 

cacau

Ariana, formada em marketing e em cinema, é dona de vários apelidos, acredita que foi abençoada com um grande coração e em contrapartida um pavio bem curto. Sua melhor definição são os excessos.

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